“Esse povo me honra com suas palavras, mas o seu coração está longe de mim.” -O Evangelho de Mateus 15:8
#O porco e a galinha
O porco e a galinha estavam passeando pela fazenda quando o fazendeiro apareceu e lançou o seguinte desafio aos dois:
“Vocês serão os responsáveis por preparar um café da manhã diferente para mim a cada dia pelas próximas duas semanas. Se vocês falharem, no caso de não variarem o cardápio, eu mesmo preparei o meu café da manhã que sem opção será ovos com bacon.”
Ambos, tanto o porco quanto a galinha, ficaram super empolgados em cumprir a missão de preparar os cafés da manhã diferentes a cada dia nas próximas duas semanas, e assim começaram.
Nos primeiros dias tudo correu bem, o porco sempre muito pró-ativo, já começava o dia pensando no menu do próximo dia, separando ingredientes, planejando as tarefas necessárias, controlando o tempo de cada tarefa, inovando na forma de preparar, sempre com o objetivo bem claro de cumprir a meta estipulada, e sempre contando com a ajuda da galinha que cumpria todas as tarefas que lhe eram atribuídas.
Com os passar dos dias as receitas foram ficando cada vez mais complexas e o porco gastava a maior parte do seu tempo preparando o menu do dia seguinte, deixando de ter tempo para atribuir as tarefas a galinha que por sua vez passava o tempo livre bicando o chão e procurando minhocas.
Com isso o porco cada vez tinha menos tempo disponível, e se via obrigado a trabalhar ainda mais para cumprir as metas estabelecidas pelo fazendeiro. Até que um dia, antes do prazo de duas semanas terminar, o porco não conseguiu preparar o café da manhã diferente, principalmente devido a sua exaustão e cansaço acumulado, e falhou.
Ao ver o não cumprimento do objetivo pelo porco e pela galinha, o fazendeiro foi preparar o seu próprio café da manhã, declarando em alto e bom som aos seus empregados:
“Matem o porco para fazer bacon e tragam os ovos da galinha!”
Pequena fábula essa utilizada para tratar das características de indivíduos comprometidos ou envolvidos com um propósito.
Comprometido | Envolvido |
---|---|
É, identidade | Faz parte, vinculado |
Até as últimas consequências | Coloca limites |
Paga o preço que for | Mensura os sacrifícios |
Entrega o resultado, pois será capaz de fazer | Por se limitar, deixa de alcançar alvos |
Determinado e corajoso | Indeciso e receoso |
Sim, Sim! Não, Não! | Talvez: procedência maligna |
Enxerga o propósito | Não entende o porquê do compromisso |
Vai pra cima deles | Sensível, fresco |
Investem tempo para construir seu galardão | Gastam tempo e o contabilizam |
Sempre disposto a novas coisas na vida | Apego ao velho, ao conhecido, ao conforto. |
Agem e erram. Corrigem e acertam. Crescem. | Pensam demais, procrastinam. Medo de falhar, medíocres. |
Cumpre suas responsabilidades com alegria | Cumpre suas responsabilidades reclamando |
Começa bem e termina bem, vive o processo. | Começa mas não termina, se aproxima do processo. |
As pessoas geralmente não estão dispostas a se comprometerem com algo, pois sabem que existem preços a serem pagos em forma de obrigações, trabalho duro. Na atual sociedade que se refugia em pretextos advindos da ideia de máxima liberdade, livre-arbítrio, para sempre estar escolhendo o caminho mais fácil, o caminho dos prazeres imediatos, se obrigar a fazer algo, na ideia de formar compromissos, parece que é colocar uma bola de ferro no pé, remetendo à escravidão. Só que existe um Deus que quer nosso melhor e para tanto apresenta princípios para obedecermos, e nessa obediência que nos tornamos verdadeiramente livres. Livres do pecado, prontos para nos reencontrarmos com o Criador.
“Em sinal de arrependimento, não rasguem as roupas, mas sim o coração.” Voltem para o Senhor, nosso Deus, pois ele é bondoso e misericordioso; é paciente e muito amoroso e está sempre pronto a mudar de ideia e não castigar.” -Joel 2:13 NTLH
Roupas trocamos todos os dias. Nosso coração, não. Esse é o comprometimento que Deus quer de nós. De abrir mão daquilo que faz falta. E faz falta porquê nosso coração é enganoso, perverso. Desejos guiados pelos olhos da carne, não do espírito. Quando Deus transforma nosso coração, depois de termos o rasgado e apresentado a Ele, aquilo que faz falta passa a não fazer tanta falta. Até o momento que é uma alegria não mais se inclinar para o mundo e se voltar totalmente a Deus.
Conta-se que certa vez um senhor de idade avançada plantava tâmaras no deserto quando um jovem o abordou perguntando: “Mas por que o senhor perde tempo plantando o que não vai colher?”. O senhor virou a cabeça e, calmamente, respondeu: “Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras”.
Quando quente, completamente voltado a Deus e comprometido com o propósito, nós retornamos à nossa natureza original, de lavrador, como Adão, em que queremos plantar no reino do Senhor.
A história de Deus é incrível para nossas vidas, mas somente se formos comprometidos com Ele. Quando Deus ver no nosso coração o compromisso com Seus outros filhos, por meio da nossa célula, Ele trará pessoas.